Hipóteses
i) A biodiversidade do vale do Rio Doce está experimentando um processo de
perda (alteração/modificação) em grau ainda desconhecido, embora perceptível;
ii) As grandes áreas remanescentes (terrestres e aquáticas) do vale do Rio Doce
contribuem para a manutenção de parcela expressiva dessa biodiversidade;
iii) A biodiversidade do vale do Rio Doce ainda encontra condições de persistência
a longo prazo, apesar dos impactos verificados tanto nas áreas remanescentes
como na matriz da paisagem, desde que estratégias de manejo e recuperação
sejam implementadas.
Objetivo Geral
Desenvolvimento de estudos ecológicos de longa duração voltados ao inventário e
propostas de conservação da biodiversidade de grupos de organismos aquáticos e
terrestres, considerando-se ainda os processos ecológicos responsáveis pela manutenção
desta biodiversidade. Complementarmente, estudos voltados para os aspectos sócioeconômicos
da região bem como um programa de educação ambiental serão conduzidos,
visando particularmente uma avaliação dos principais impactos antrópicos da bacia, sua discussão com os diferentes segmentos da sociedade, na busca de propostas de solução e
subsídios para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais da região.
Objetivos Específicos
i) Avaliar a diversidade genética de espécies de plantas com alto índice de
importância fitossociológica e/ou com potencial para regeneração de áreas
degradadas, de espécies de plantas e animais endêmicas, raras ou ameaçadas de
extinção;
ii) Realizar levantamentos florísticos e fitossociológicos em fragmentos florestais
remanescentes na região e estudar a dinâmica das comunidades vegetais,
avaliando as espécies pioneiras, secundárias ou tardias na floresta;
iii) Avaliar e monitorar os parâmetros ligados à qualidade das águas nas sub-bacias
do médio Rio Doce representativas de condições naturais e impactadas por
diferentes atividades antrópicas com base em parâmetros físicos, químicos e
biológicos;
iv) Caracterizar a variação na composição, estrutura e dinâmica das comunidades
de plâncton, bentos e de peixes e suas relações com a produção global dos
ecossistemas aquáticos estudados, ao longo de séries temporais;
v) Realizar um levantamento da fauna de artrópodes e identificar padrões sazonais
dos diferentes grupos amostrados;
vi) Organizar a informação e conhecimento disponíveis sobre a região de forma a
permitir a construção de índices sócio-econômicos e mapas temáticos
econômico-ecológicos que informem futuras ações e decisões de políticas
públicas e privadas na região e um eventual zoneamento sócio-econômicoecológico;
vii) Introduzir conceitos básicos de gestão ambiental e divulgar novos
conhecimentos sobre a questão ambiental de modo a facilitar o entendimento
dos problemas ambientais regionais pelas populações locais.
SUBPROJETO 1: Diversidade Genética
SUBPROJETO 2: Diversidade Botânica
SUBPROJETO 3: Diversidade Faunística
SUBPROJETO 4: Diversidade Aquática
SUBPROJETO 5: Sócio-Economia
SUBPROJETO 6: Educação Ambiental
PARCERIAS FIRMADAS
a) Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais – IEF, para o desenvolvimento das
pesquisas nos ambientes do Parque Estadual do Rio Doce;
b) Conservação Internacional do Brasil – CI, para a implantação do projeto Avaliação
da biodiversidade de Florestas Tropicais – TEAM com o qual é compartilhada a
infra-estrutura existente no PERD, notadamente duas casas para abrigar
pesquisadores as quais foram reformadas com recursos desta ONG;
c) INPE – São José dos Campos-SP, para configuração e instalação de transmissor
automático de dados via satélite da Estação Meteorológica do PERD-MG;
d) DCC/UFMG, para desenvolvimento e implantação de um banco de
dados/biblioteca digital;
e) Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM, para a realização de coletas através
da rede de monitoramento da qualidade das águas do Estado de Minas Gerais;
f) Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC e Departamento de
Química/UFMG, para a realização de análises físico-químicas, utilização da infraestrutura
e apoio técnico.