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Instituto de Ciências Biológicas - ICB

Genética Geral e Genética e Evolução
Curiosidades

 

 

 

Genética na Internet •  Teste de Daltonismo
Dica:
Faça o teste e descubra se você é daltônico.

1. Introdução

Se fizerem incidir sobre uma tela raios luminosos vermelhos, verdes, azuis, misturados em intensidades adequadas, os indivíduos normais enxergarão a cor branca - são os tricromatas normais. Algumas pessoas necessitam porém de intensidade maior de uma dessas cores e menor nas outras - são chamadas por isso de tricromatas anormais. Podemos identificar dois tipos principais de tricromatas anormais (protanômalos e deuteranômalos), conforme necessitem de um excesso de vermelho ou verde. Outras pessoas, os dicromatas, são capazes de ver branco com mistura de duas das três cores citadas. Uma fração muito pequena das pessoas e constituída de monocromatas; esses vêem branco quando frente a qualquer das três cores.

Esses defeitos costumam ser reunidos sob a denominação genérica de daltonismo, e têm uma base genética conhecida.

Em resumo, temos:                 

 1. TRICROMATAS
   
     1.1 NORMAIS
   
     1.2 ANORMAIS    
   
             1.2.1 DEUTERANÔMALOS (Vd)
   
             1.2.2 PROTANÔMALOS (Vm)
2. DICROMATAS

        2.1
PROTANÓPSICOS (Vm)  
        2.2 DEUTERANÓPSICOS (Vd)
3. MONOCROMATAS OU ACROMATAS     

    Estudaremos aqui apenas os dois tipos mais comuns de tricromatas anormais e dicromatas.
    Enquanto alguns tricromatas anormais confundem certas tonalidades de vermelho (protanômalos), outros fazem-no em relação a certas tonalidades de verde (Deuteranômalos). Em ambos os casos a cor que causa confusão assume um tom acinzentado.
    Nos dicromatas a anomalia é mais acentuada, recebendo os pacientes a denominação de protanópsicos ou deuteranópsicos, caso a confusão se faça em relação ao vermelho ou ao verde, respectivamente.
    A visão normal está na dependência de três tipos de pigmentos especiais (vermelho, verde e azul), localizados na retina.

    Esses distúrbios da visão poderiam ter a seguinte explicação:

    Os tricromatas anormais (protanômalos e deuteranômalos) produziriam um pigmento que seria anormalmente sensível ao vermelho ou verde. Já o dicromatismo (protanópsia e deuteranópsia) seria a conseqüência da ausência de síntese de um desses pigmentos. Por apresentarem afinidades fisiológicas, os protanômalos e protanópsicos são reunidos sob o nome de protanóides. O mesmo ocorre com os deuteranômalos e deuteranópsicos: constituem o grupo dos deuteranóides. Assim teremos:      
                   

1. PROTANÓIDES (Vm)
   
     1.1 PROTANÔMALOS
   
     1.2 PROTANÓPSICOS  
2. DEUTERANÓIDES (Vd)
        2.1 DEUTERANÔMALOS
       
  
      2.2 DEUTERANÓPSICOS  

     Existem vários testes para a averiguação das deficiências de visão das cores. Um dos mais utilizados, da autoria de ISHIHARA, permite concluir se o daltonismo é do tipo protanóide ou deuteranóide.

2. Prática

Procedimento:  

    Visite o link de cada prancha, e escreva no local apropriado do Quadro I o número que ler na prancha correspondente.Depois, compare suas respostas com o Quadro II. A leitura de cada prancha não deve demorar mais do que três segundos.

QUADRO I - Resultado da leitura das pranchas  

N° da Prancha

Leitura

N° da Prancha

Leitura

N° da Prancha

Leitura

1

2

3

4

5

6

7

8

9

 

10

11

12

13

14

15

16

17

 

18

19

20

21

22

23

24

25

 

   

3. Análise de resultados:

Se dentre as 21 primeiras pranchas, 17 ou mais forem lidas normalmente, o indivíduo será considerado como tendo visão normal. Se dentre as 21 primeiras pranchas, apenas 13 ou menos forem lidas normalmente, o indivíduo será considerado como tendo visão deficiente. A leitura das pranchas números 18, 19, 20 e 21 falará a favor duma deficiência somente se o indivíduo testado ler nelas 5, 2, 45 e 73 com facilidade maior do que os números contidos nas pranchas números 14, 10, 13 e 17.

QUADRO II - Classificação dos indivíduos segundo a tabela ISHIHARA

N° da Prancha

Visão Normal

Daltonismo

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

12

8

6

29

57

5

3

15

74

2

6

97

45

5

7

16

73

Não lê

Não lê

Não lê

Não lê

12

3

5

70

35

2

5

17

21

Não lê

Não lê

Não lê

Não lê

Não lê

Não lê

Não lê

Não lê

5

2

45

73

 

 

N° da Prancha

 

Visão Normal

Daltonismo

 

Protanóide

Deuteranóide

 

Protanó-

psico

Protanô-

malo

Deutera-

nópsico

Deutera-

nômalo

 

22

23

24

25

26

42

35

96

6

2

5

6

(2) 6

(4) 2

(3) 5

(9) 6

2

4

3

9

2 (6)

4(2)

3 (5)

9 (6)

 
 

OBS.: Os algarismos entre parênteses, na parte final do quadro são lidos com maior dificuldade.

A frequencia do daltonismo parece variar entre os diferentes grupos raciais. É mais frequente em populações caucasóides onde afeta cerca de 8% dos homens e 0,46% das mulheres. Em amostras de negros (3,5% dos homens) e de aborígenes australianos (2% dos homens) foram encontrados os valores mais baixos, até agora investigados. Os japoneses e chineses ocupam uma posição intermediária.

      Nada se conhece acerca do valor adaptativo desse fenótipo. Na civilização ocidental foram criadas situações que submetem os daltônicos a discriminação desvantajosa. A freqüência relativamente alta desse gene nas populações é compatível com a hipótese de que as mulheres heterozigotas sejam beneficiadas de alguma maneira. Tal sugestão permanece, porém, no estágio de hipótese não testada.